Estamos constantemente a fazer sexo com a Cidade. A Cidade dá-nos de mamar com a sua vida agitada, multicultural, cosmopolita, cidadania, oportunidades e variedade. Mas não se confundam, a Cidade de que falo não é a de Carrie Bradshaw, em que a cada novo episódio Samantha Jones é "acarinhada" (que forma tão cosmopolita de dizer f*dida, ups!), ora por um canalizador, arquitecto, bailarino, actor, político, professor, pintor, médico, enginheiro, músico, empregado e perdoem-me se me esqueci de uns quantos!
A Cidade consome-nos a vida. A alegria da Cidade vive por vezes da nossa tristeza. Depois de nos dar de mamar, a mesma sodomiza-nos com as suas filas de trânsito, caos...caos...caos organizado, mais filas para o supermercado, preços dos produtos mais elevados, mais impostos, preços da água e gás mais elevados, maior criminalidade e exposição à poluição.
Ao mesmo que nos liberta, absorve-nos, aprisionando-nos dentro dela. Como um qualquer político em campanha, a Cidade dá-nos com uma mão e tira com as duas. Promete-nos mundos e fundos e acabamos embutidos como mais uma pedra na calçada. Vou à janela e viajo por momentos até o campo. ACORDA!!!
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